domingo, 10 de novembro de 2013

Aldeia Jaraguá

ANIMAIS ABANDONADOS NA ALDEIA GUARANI TEKOA PYAUANIMAIS ABANDONADOS NA ALDEIA GUARANI TEKOA PYAUANIMAIS ABANDONADOS NA ALDEIA GUARANI TEKOA PYAUANIMAIS ABANDONADOS NA ALDEIA GUARANI TEKOA PYAUANIMAIS ABANDONADOS NA ALDEIA GUARANI TEKOA PYAUANIMAIS ABANDONADOS NA ALDEIA GUARANI TEKOA PYAU
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Clique no link abaixo e veja todas as fotos.

Aldeia Jaraguá, um álbum no Flickr.
Choque de realidade.

O ser humano tem a mania de reclamar. Nunca está satisfeito com o que tem. Sempre olha quem está acima e nunca quem está abaixo.
Ontem eu fui a Aldeia Indigena que fica na entrada do Pico do Jaraguá aqui em São Paulo.
Minhas amigas protetoras de animais sempre me falaram que a situação lá era triste, mas a gente não tem dimensão de uma desgraça até vê-la na sua frente. Meio São Tomé.

Pois estou até agora pensando nas coisas que eu vi.

Adultos, crianças e animais abandonados. Sim, o estado de abandono lá atinge a todos. Ninguém escapa.

Voce vê criança nua andando pela rua de terra batida e com muitas fezes dos animais e esgoto. Você vê uma criança IMPLORANDO por um copo de água. Você vê pessoas se batendo por causa de um sapato velho doado.

E ai você pensa: O que eu tô fazendo para ajudar essas pessoas e muitas outras que vivem em estado de extrema pobreza? Como eu ouso reclamar de algo na minha vida?

Na hora em que estava la, não consegui responder nenhuma dessas perguntas. Só olhava tudo aquilo a meu redor, chocada. Ali é a realidade de algumas tribos indígenas por ai. Até então, eu nunca tinha visto algo parecido.

Já entrei em algumas favelas para fotografar, mas a Aldeia Jaraguá é mais pobre que a pior favela que eu já tinha entrado.

Imagine voce, viver sem nada. NADA MESMO.

Não existe nenhuma estrutura básica. E lá vivem quase mil pessoas.

Mas a situação consegue ser pior por causa dos “homens brancos”, que não param de abandonar animais na porta da Aldeia.

Para qualquer lugar que voce olhe, tem um animal. São aproximadamente 600 cães e 300 gatos.
Em praticamente todas as casas, existe animal. Todos estraçalhados.
Mas imagine. O que voce tem para dividir com os animais? NADA.

No meio daquela situação toda, fotografei. Acho que isto é uma forma de denunciar o que esta acontecendo com os índios e ajudá-los

Foi um choque de realidade para mim.

Uma pequena indiazinha falou para mim: Me dá uma boneca? Nunca tive uma boneca.

Isso está martelando na minha cabeça até agora.
Minha filha de 9 anos já teve todas as bonecas que ela quis até hoje e aquela garotinha nunca tinha tido uma.
Sei que não devo me envolver emocionalmente com isso, mas não consigo. Crianças e animais são tesouros de Deus na minha vida. E ver aquilo tudo cortou meu coração.

O que acontece ali é uma tragédia.
Uma prova de que o ser humano não deu certo.
Cadê governo? Cadê Funai? Cadê pessoas ricas que tem mais do que precisam?

A vida me ensinou que devemos ajudar, compartilhar e amenizar o sofrimento alheio.
Então quero muito ajudar a dar uma vida melhor para as pessoas e animais que foram excluídos, sabe-se lá o motivo.

Ali parece não existir esperança por um dia melhor. E ver uma criança crescendo sem amor, carinho e esperança dói muito em mim.

Se ninguém doar, ninguém come ali.

Cães precisam ser castrados. Existem muitos filhotes ali. Animais doentes e que precisam de algum tipo de assistência.

Existem adolescentes grávidas. Mulheres grávidas com filhos de colo.

O que isto significa? Que se esses animais e mulheres continuarem a reproduzir, o ciclo da desgraça continuará.

Você tem algo na sua casa que está em bom estado, mas que voce não usa mais? Doe. Passe para frente e recicle a sua energia e passe boas energias para quem precisa.
Mas não adianta dar coisas que não sirva para voce.
Lixo a gente coloca no lixo.
Doar tem que ser um gesto de amor, não uma obrigação.

Agora, se as minhas fotos e meu testemunho não te tocou, te convido a visitar a Aldeia do Jaraguá. As vezes precisamos do choque de realidade para acordar e tirar a bundona do sofá.


Mas não adianta ajudar um pouquinho hoje.
Eles precisam viver com dignidade. Mesmo com tanta ganância e prepotência dos “homens brancos”, alguém precisa fazer algo para eles.
E a gente pode começar a fazer este trabalho imenso.